Foi o esporte que salvou Fabricio. Diagnosticado com estrabismo na infância, o garoto via sua visão piorar a cada dia. Natural de Naviraí/MS, Fabricio foi com sua família morar em Balneário Camboriú/SC em busca de um melhor tratamento e descobrir o que realmente estava acontecendo com sua visão. Descobriu que a mancha que estava atrapalhando sua visão era resultado da toxoplasmose. E por falta de diagnóstico e tratamento adequado na infância, poderia perder completamente a visão a qualquer momento.
Com o diagnóstico veio a depressão. Com apoio e ajuda da família, Fabrício conheceu uma associação de deficientes visuais, onde foi apresentado ao esporte, mais especificamente ao atletismo, que se tornou sua reabilitação e seu meio de vida. Com o atletismo ele voltou a sonhar: Jogos Parapan-americanos, Mundiais, e Paralímpicos eram seus principais motivos de treinar todos os dias.
E rapidamente os sonhos começaram a se realizar. No Mundial de Londres em 2017, Fabricio ficou em 4° lugar numa final eletrizante. Nos Jogos Parapan-americanos de Lima, em 2019, ganhou do grande favorito e sensação do momento, Noah Malone (EUA), se tornando o atleta mais rápido das Américas em sua classe. Em 2021 participou dos Jogos Paralímpicos de Tokyo representando o Brasil.